“Maior transformação do mercado imobiliário foi a digitalização”
- ML Negócios Imobiliários
- 23 de jun. de 2021
- 2 min de leitura

Luiz Antonio Nogueira de França é engenheiro civil e o atual presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Para ele, Brasil deve seguir modelo de desburocratização e eficiência dos EUA, onde é possível fazer uma transação imobiliária 100% online. “Um russo poderá vender para um brasileiro, cada um em seu próprio país com documentos assinados por meio de smartphones. O dinheiro será transferido e o negócio fechado de maneira objetiva, incluindo uma vistoria no imóvel para ter certeza de que ele está nas condições de venda em que foi anunciado.”
França foi Diretor Executivo do Banco Itaú́ por 16 anos, onde atuou como Diretor de Crédito Imobiliário (2006 a 2015) e foi também o responsável pela implantação do Banco de Investimentos. Hoje, preside o conselho da Recuperadora Nacional de Crédito (Renac), é conselheiro do Banco Inter e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Quando a Selic caiu ao menor nível histórico, 2% ao ano, em agosto de 2020, houve um otimismo do mercado imobiliário, bancos lançaram novas linhas de crédito e o sonho da casa própria ficou muito perto. Novas altas da Selic devem arrefecer o entusiasmo ainda este ano?
Não. Temos estudos no mundo todo que mostram qual nível da taxa de juros dá o gatilho para o crescimento do mercado imobiliário. A maior parte das pessoas que quer comprar um imóvel precisa financiar e o número mágico aqui no Brasil é quando a taxa fica abaixo de dois dígitos. Isso dispara um grande movimento, mas acontece em diversos outros países. Assim que a Selic ficou um pouco abaixo dos dois dígitos observamos um grande volume de recursos sendo direcionado para o mercado imobiliário. Então, a alta da Selic não vai fazer com que a taxa do crédito supere dois dígitos. Ainda temos os fundamentos de um mercado com condições de aquisição.
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