Conheça o fundo imobiliário que rendeu mais de 102% em junho
- ML Negócios Imobiliários
- 7 de jul. de 2021
- 2 min de leitura

Em junho, a rentabilidade de um fundo imobiliário (FII) se descolou completamente dos demais. O Alianza FOF (AFOF11) registrou uma alta de 102,75% no mês passado e ficou em primeiro lugar no ranking de melhores retornos para o mês da plataforma SmartBrain, enviado com exclusividade ao E-Investidor. A valorização foi mais de 24 vezes acima da média obtida pelos 55 FIIs que ficaram positivos no mesmo período.
O General Shop e Outlets do Brasil (GSFI11), por exemplo, é o segundo melhor fundo do ranking, com rendimento de 28,78% – expressivo, porém, mais de três vezes menor do que a aplicação campeã em junho. O FII Caixa Cedae (CXCE11B), que investe em Certificados de Recebíveis Mobiliários (CRIs), ficou em terceiro lugar, com um salto de 8,20%. Os demais produtos conseguiram prêmios de 0,01% a 6,48%.
O desempenho tão descolado levanta a dúvida: o que aconteceu com o AFOF11 no período? A aplicação gerida pela Alianza Gestão de Recursos foi lançada no início em março do ano passado e tem a estratégia de investir em cotas de outros fundos (fundo de fundos), que podem ser de tijolo (galpões logísticos, lajes corporativas e shoppings centers) ou de papel (títulos de crédito ligados ao mercado imobiliário, como CRIs).
A taxa de administração é de 0,80% ao ano, com uma taxa de performance de 20% sobre o que exceder o Ifix, indicador usado para medir o desempenho dos FIIs no mercado. Contudo, a aplicação ainda é pequena. Em março, por exemplo, o AFOF11 tinha apenas 62 cotistas e patrimônio líquido de R$ 39 milhões, segundo informe mensal enviado à CVM.
Exposição em recebíveis e aumento de capital
De acordo com Gabriel Teixeira, analista de fundos imobiliários da Ativa Investimentos, o tamanho da aplicação é o primeiro ponto para entender a rentabilidade. “Fundos de fundos pequenos têm certa vantagem. Eles conseguem ter rendimentos um pouco maiores por conta do tamanho, já que o mercado imobiliário não tem uma liquidez tão alta quanto o mercado acionário”, afirma.
O fundo gerido pela Alianza também tem muita exposição em fundos de recebíveis, que tiveram rendimentos em dividendos acima de 12% em 12 meses, segundo o Índice Warren de Papel. Segundo Teixeira, mais de 50% da carteira do AFOF11 estava focada nesses FIIs de CRIs, o que justifica uma performance mais positiva. Outros 20% do portfólio estavam expostos em lajes corporativas e os outros 30% pulverizados em outros segmentos.
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